segunda-feira, 5 de julho de 2010

PORQUE A UNIÃO FRACASSA

Decorridos mais de 100 anos desde a anunciação da Umbanda no plano físico pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas,fato acontecido em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói- RJ, muito se tem discorrido e debatido sobre as várias tentativas frustradas em se unirem os vários terreiros existentes em torno de diretrizes e metas básicas para uma maior organização e harmonização do Movimento Umbandista. Podemos apontar várias causas para o não êxito da tão sonhada unificação, mas, para nossa tristeza e irresignação, todas elas têm como fator primeiro o trinômio vaidade-egocentrismo-oportunismo, o que nos leva a crer que muitas pessoas ainda não estão preparadas moral e espiritualmente para assumirem missão de tamanha envergadura. A divergência começa, pasmem os senhores, pela tentativa de alguns (são pouquíssimos e sem nenhuma expressão) em não reconhecerem a Umbanda como religião genuinamente brasileira e negarem o Caboclo das Sete Encruzilhadas como sendo o porta-voz da Corrente Astral de Umbanda (temos conhecimento de pessoas que omitem a terceiros o fato histórico ocorrido em 1908 por sentimentos e interesses vis). O que nos deixa perplexos é o fato de que aqueles que negam a Umbanda como religião brasileira, nunca se dignaram a efetuar um estudo sério e imparcial sobre o Caboclo das Sete Encruzilhadas, limitando-se a vociferar entendimentos infundados e inócuos. Outra divergência é a que diz respeito a quem deverá caber a liderança de um movimento de unificação. E de novo ficamos de "cabelos em pé" com algumas criaturas se digladiando para ostentarem o título de "unificador-mor" da Umbanda. Estes indivíduos não têm a humildade e a visão de que a Umbanda deverá estar acima dos interesse pessoais e da vaidade de alguns. Um pouco mais a diante, nova celeuma. Porque aquele ou aqueles cidadãos "eleitos" para estarem a frente do processo de organização, dinamização e concretização do movimento, começam a querer ser o centro das atenções e os únicos a tomar decisões, não levando em consideração a opinião e as idéias deoutros, que podem ser melhores para a religião. O resultado disto, todos podem prever. Outro fator para o insucesso dos vários movimentos de unificação foi e é o repugnante oportunismo. É que alguns, movidos por idéias e ideais que só trazem benefícios a seus próprios interesses, começam a vislumbrar a oportunidade de se valerem do processo de unificação para galgarem cargos políticos, para se locupletarem (enriquecimento ilicito), ganharem status etc. Para estes a finalidade precípua de esclarecer, difundir e enaltecer a Sagrada Lei de Umbanda, que é o fim único do processo unificatório, fica em plano secundário, dando lugar a busca de interesses subjetivos e sem nenhum valor espiritual.
Não obstante termos colocado a mais pura e dolorosaz realidade para os consecutivos fracassos de unificação dos terreiros, não devemos desanimar, pois temos a certeza que o plano espiritual está atento e no momento apropriado
congregará irmãos realmente compromissados com a Umbanda, a fim de tomar para si a espinhosa porém valorosa missão de unificação dos umbandistas. Preciso é que todos tenham consciência de que inexoravelmente as pessoas passam e que o maior legado que podem deixar para os umbandistas do futuro é um movimento forte, coeso e fraternizado. Irmãos, o importante é servir a religião e não se servir dela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os que quiserem postar,assine postagens e não se utulize do anonimato.